Em 1915, a Laemmle Film Services, um estúdio independente de cinema, expandiu suas operações de Chicago para Nova York e, posteriormente, para a Califórnia. O fundador Carl Laemmle transformou uma antiga fazenda de galinhas em Universal City, local que se tornaria o cenário de gravações da Universal Pictures.

Com o intuito de aproximar o público do processo de produção cinematográfica, Laemmle ofereceu ingressos a 25 centavos, permitindo que curiosos assistissem às filmagens ao vivo, acompanhados de sanduíches. Entretanto, a queda dos filmes silenciosos alterou essa dinâmica. A grande quantidade de espectadores trouxe barulho e distrações, o que prejudicou as gravações. Em 1930, com a popularização dos filmes sonoros, o estúdio suspendeu oficialmente as visitas.

Após mais de três décadas, em 1961, com o crescimento da televisão e a queda no interesse pelo cinema, a Universal decidiu revitalizar o estúdio. A solução foi a criação de tours de ônibus, com ingressos a US$ 2,50. Ao longo dos 25 anos seguintes, as atrações se tornaram cada vez mais elaboradas, incluindo reproduções de inundações e cenários icônicos, como o gigante tubarão do filme Jaws, que inspiraram a construção de um parque temático em Orlando, inaugurado em 1990.

O Legado da Universal

Hoje, com mais de 35 anos de atuação em parques temáticos e investimentos que ultrapassam os bilhões, a Universal se firmou como uma referência no setor. O lema da empresa, “Let Yourself Woah” (Permita-se Fazer Uau), reflete sua proposta: proporcionar experiências intensas aos visitantes.

Recentemente, a Você S/A participou de uma visita ao parque, onde teve a oportunidade de conhecer profissionais brasileiros envolvidos na gestão de marketing da Universal. Para muitos visitantes, a experiência não está apenas nos novos brinquedos, mas na imersão nos universos dos filmes, como os Simpsons e os Minions, que atraem famílias anualmente, independentemente da adição frequente de novas atrações.

Marcos Barros, Vice-Presidente de Marketing e Vendas da empresa, destacou a importância de renovar e inovar regularmente, afirmando que a conexão emocional gerada pelo parque leva os consumidores a retornarem em busca das mesmas sensações. Em 2024, a companhia lançará o Universal Epic Universe, que contará com cinco novas áreas temáticas.

A Chave do Sucesso

Barros compartilhou sua perspectiva sobre a fidelização do cliente, especialmente em um cenário onde o consumidor brasileiro se mostra menos leal. Segundo uma pesquisa da McKinsey & Company, fatores como aumento de preços têm influenciado a mudança de comportamento dos consumidores.

Para garantir a satisfação e o retorno dos clientes, Barros propõe três pilares essenciais:

  • Atenção aos colaboradores: A valorização e o respeito aos funcionários refletem diretamente na experiência do cliente.
  • Proporcionar emoções marcantes: Oferecer experiências memoráveis que incentivem o retorno dos consumidores.
  • Retorno financeiro: Um planejamento financeiro sólido é fundamental, tanto a curto quanto a longo prazo.

Por fim, a Universal comemora 110 anos de história em junho, destacando a importância de um legado construído com acertos e erros. O lema da empresa sintetiza seu propósito: “Existimos para despertar a emoção de estar plenamente vivo, incitando a euforia e instigando o extraordinário, indo além da diversão.”

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